quarta-feira, 7 de abril de 2010

Descobri-te!


Na dança constante da vida, em que nos misturamos e cruzamos com uma infinidade de pessoas, egos, personalidades, vaidades, vergonhas e orgulhos, em que adquirimos a parte que nos interessa de cada uma, usando e apagando quando já não importa, ficando só com um fragmento daqueles que nos tocam... descobri-te! E não te apago.
Não te apago! Os teus fragmentos formam algo maior, algo que já se instalou, que arranjou morada dentro de mim. Já cá habita, já cá vive, cresce e não parte.
Às vezes não sei o que pensar, sentir ou agir. Sinto a tua felicidade como fazendo parte do meu próprio ser e vejo-a nos teus olhos, despertando-me para uma necessidade constante do teu olhar, e do teu sorriso.
Não sei, não perguntes! Aprisiono o teu olhar, deixando-o escorrer por entre o leito da minha mente, saboreando cada imagem como se a fosse perder para sempre.
Coincidências? Destino? Quantos caminhos já foram dar a uma única rua? São momentos estranhos, fascinantes, sedutores que trilham por entre os encontros e desencontros tornando-os mágicos. Porquê? Não interessa! O que pensam? Não interessa! Mas sim, os olhares estranhos, mesmo que não queiramos, transporta-nos para o mundo real, trazendo com ele um peso imenso de culpa, de sufoco, aferrolhando a felicidade e a alforria. Quero sair, quero libertar-me, mas cada passo que dou, cada passo que percorro, aumenta a distância. Não quero, ou antes quero, não posso ou antes posso, eu não vou mas quero ir. Custa, dói, magoa. Mas logo depois vem o teu sorriso, o teu olhar e… passa, por instantes! A dor desaparece, ausenta-se, adormece, até ao momento que deixo fugir a tua imagem, o teu sorriso e o teu olhar.
Descobri-te! E não te apago…

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Olhares na segunda para a primeira


Esses olhares que se retiram de ti, com os olhos lacrimejantes, são lágrimas que partem e não voltam. São lágrimas que ninguém merece, pois quem as merece com certeza que não te fará chorar. Lembra-te, só porque alguém não te ama como tu ambicionas, não indica que não te ame com todo o seu ser.
Olha para o amigo, aquele verdadeiro, aquele que te pega na mão e te toca o coração. Aquele de quem sentes falta, porque a pior forma de sentir falta de alguém é estar sentado a seu lado e saber que nunca o poderá ter.
Olha!!!Sorri!! Sorri mesmo quando estás triste, porque não imaginas quem poderá agradar-se do teu sorriso, esse sorriso que o fará descobrir, que não és somente mais uma pessoa no mundo mas simplesmente, o seu mundo.
Olha!!! Não chores porque já acabou, sorri antes porque aconteceu.
Olha, mas sorri!

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Imagina


Quem és? Onde estás?

Deleitado no teu espirito, estremeço de prazer ao mais leve toque do teu corpo no meu, vibrando de emoções até agora timidamente escondidas no lugar mais esquecido e inacessivel do meu ser. Deleito-me nestes breves e incostantes desencontros, mesmo não sabendo que és, nem onde estás... Mas esse teu cheiro que atravessa todos os meus sentidos, imbuindo todos os meus poros desse perfume que me desperta as emoções, trazendo um aroma doce e suave do teu toque. Quem és, onde estás? Não te toco, não te vejo, mas essa fragância, esse aroma que emana de ti, penetra em mim como uma leve caricia que percorre todo o meu corpo, transbordando e derramando todas as vibrações, fazendo brotar todas as emoções até ali escondidas e aprisionadas na semente de uma flor.

sábado, 18 de abril de 2009

Respeito


Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.E então, pude relaxar.Hoje sei que isso tem um nome... Auto-estima.Quando me amei de verdade, pude perceber que a minha angústia, o meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra as minhas verdades.Hoje sei o que isso é...Autenticidade.Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.Hoje chamo a isso de... Amadurecimento.Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.Hoje sei que o nome disso é... Respeito.Quando me amei de verdade comecei a livrar-me de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início a minha razão chamou a essa atitude de egoísmo.Hoje sei que se chama... Amor-próprio.Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos do futuro.Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.Hoje sei que isso é... Simplicidade.Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muito menos vezes.Hoje descobri a... Humildade.Quando me amei de verdade, desisti de ficar a reviver o passado e a preocupar-me com o futuro. Agora, mantenho-me no presente, que é onde a vida acontece.Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é... Plenitude.Quando me amei de verdade, percebi que a minha mente pode atormentar-me e decepcionar-me. Mas quando a coloco ao serviço do meu coração, ela torna-se uma grande e valiosa aliada.Tudo isso é... Saber viver!!!

Charles Chaplin

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Sonhando


Todos nós temos apetites... Temos desejo... Temos amor... Temos rancor... Sonhamos! Mas quando acordamos, estamos entregues à dura realidade de não o podermos saciar.

terça-feira, 31 de março de 2009

Fantasmas


Há momentos em que tudo parece bem, alternado com os momentos em que tudo parece mal, tirando os momentos em que… não sabemos. Os fantasmas rompem a penumbra, envoltos na névoa que os rodeia, tentando-a atrair para cobrir a luz que teima em aparecer, trespassando todos os poros, fugindo da escuridão e descobrindo e revelando tudo o que a névoa gosta de esconder. Os fantasmas dançam em torno da luz, guiando, aprisionando e libertando-a ao seu belo prazer, numa dança constante ao ritmo da melodia que é a vida.
Eu gosto dos meus fantasmas…

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Ouve!


Há noites que parecem eternas e há noites que parecem que já foram e ainda são.
Há noites que me apetece, há noites em que não.
Há noites em que sinto uma ligeira oscilação,
Há noites em que me apetece ouvir uma canção.
Depois vem o dia e ouço um pregão,
O pescador pesca um peixão,
O miúdo leva um empurrão, a seguir leva um puxão, ouve-se um rasgão e a seguir, pum!!!
Grande estaladão...
Espera! Ouve! há um senão... Já não se ouve a canção... Ouve-se o carrão, a transgressão, a bajulação, a celebração, a combinação, a comparação, a conspiração, a conturbação, a depilação, a exploração, a desconexão, a desolação, a desilusão, a dominação, a resignação, a fustigação, o trabalhão, fico com hipertensão, hipotensão, desitratação, com excreção, evacuação e... tenho de tomar a medicação... ufff!
Vem a noite...

Ouve!